Curiosidades

 

IRIAM JOGAR MEU AVÔ JOÃO RIZZO DA PONTE

 

     Segundo relatos de pessoas ligadas a Família, meu Avô João Rizzo(Imigrante Italiano), no ano de 1942, aproximadamente com 73 anos, morava em uma casa na Capital Vitória, e que também funcionava como pequeno comércio, hoje endereço conhecido como Avenida Fernando Ferrari.

     Juntamente com meu Avô João Rizzo, ficava um dos seus filhos do seu terceiro casamento, Maximino Rizzo, que viria ser meu Pai, e acredito que nessa época estaria com aproximadamente 18 anos.

Nesse ano(1942), a Segunda Guerra Mundial  ainda estava acontecendo, e só viria supostamente terminar em 1945, o Presidente do Brasil Getúlio Vargas, rompeu as relações diplomáticas com os países do Eixo, que eram formados por Alemanha, Japão e Itália, declarando estado de guerra no País e a partir disso, todos imigrantes Alemães, Japoneses e Italianos passaram a ser tratados como inimigos da pátria e a sofrer repressões e restrições.

     Acredito que nesse mesmo ano, soldados invadiram a residência do Avô João Rizzo e começaram a vasculhar todos os cantos da casa e quintal, quebrando os poucos pertences que ali se encontrava.

     Além disso os soldados, faziam um tortura psicológica, fazendo uma pressão para que meu Avô confessasse que teria informações, documentos ou algo qualquer que pudesse ter ligação à Guerra.

     Além das agressões psicológicas, acredita-se também que que meu Avô, sofreu agressões físicas, onde viria ficar com dificuldades de locomoção.

     Em algum momento desse triste acontecimento, seu filho Maximino Rizzo, encontrava-se escondido e conseguiu escapar para casa de seu padrinho( codinome Natal),  próximo ao antigo campo do Três de Maio, e que hoje funciona a Faculdade Univix.

     Como não encontraram nada e também meu Avô não teria nada a confessar, os soldados o arrastaram até uma ponte, conhecida como Ponte da Passagem, aproximadamente por  1 a 2 quilômetros de distância da sua residência, onde diziam que iriam jogá-lo do seu vão.

     Próximo do momento de jogá-lo, se aproximou um outro soldado que vinha do sentido oposto, viu aquela cena, reconheceu o meu Avô, não sei informar de onde e acabou rebatendo a intenção dos demais soldados, dizendo que conhecia aquele senhor, de que ele não teria nada a esconder, que ele era um senhor trabalhador, e com isso desistiram de jogá-lo e o deixaram alí.

     Já com dificuldades de locomoção, o soldado que interviu, o ajudou a chegar novamente até sua residência.

     Após esse acontecimento, o meu Avô João Rizzo foi para casa de seu filho Moises Rizzo, do primeiro casamento, onde ficou por algum tempo.

     Moisés Rizzo era casado com Titia Adélia, e residiam em Vitoria, no bairro Jucutuquara, ao lado da ETEFES(Escola Técnica Federal do Espírito Santo).

     Alguns tempo depois foi levado para Guaraná, Município de Aracruz-ES, onde ficou na casa de outro(a) filho(a), até o seu falecimento, que aconteceu em 09 de outubro de 1959.

     Seu sepultamento foi feito no cemitério de Jacupemba, distrito de Aracruz, e em seu atestado de Óbito apresentado por Egílio Antônio Fracalossi, na data de 10 de outubro de 1959, dava como causa da morte paralisia.

 

  • Relato baseado em informações adquiridas de moradores do local, na época